Vista de Haifa no século XIX a partir do Monte Carmelo.
Em 31 de agosto de 1868, Bahá’u’lláh e Seus companheiros de exílio pararam rapidamente em Haifa a caminho da cidade prisão de ‘Akká, localizada no lado oposto da baía. A cidade de Haifa situava-se, então, na encosta do Monte Carmelo.
No centro do Monte Carmelo, a edificação original de pedra na qual os restos do Báb foram sepultados em 1909.
Depois de ser libertado da cidade prisão de ‘Akká, Bahá’u’lláh visitou Haifa três vezes – em 1883, 1890 e 1891. Durante sua última visita, a qual durou vários meses, Bahá’u’lláh indicou a posição na encosta setentrional do Monte Carmelo, em que o Santuário do Báb deveria ser erigido. ‘Abdu’l-Bahá organizou a edificação do Santuário enquanto ainda residia em ‘Akká. Em 1909, Ele enterrou os restos do Báb em seu lugar de repouso permanente.
Três fotos do Santuário do Báb no Monte Carmelo, tiradas nos anos anteriores à construção da superestrutura.
O Santuário do Báb foi construído sob a supervisão de ‘Abdu’l-Bahá e, originalmente, consistia em seis salas. Shoghi Effendi adicionou três salas no lado sul para formar um edifício quadrado, com a tumba do Báb localizada embaixo da sala central.
Projeto arquitetônico da superestrutura do Santuário do Báb, da autoria de William Sutherland Maxwell.
‘Abdu’l-Bahá desejara que uma superestrutura mais elaborada fosse, por fim, construída para o Santuário do Báb. Em 1942, Shoghi Effendi pediu ao destacado arquiteto canadense, William Sutherland Maxwell, para começar a trabalhar no projeto; o modelo final foi aprovado em 1944.
Avanço no trabalho da superestrutura do Santuário do Báb.
O trabalho de construção da superestrutura do Santuário do Báb teve início em 1947 e prosseguiu em estágios. O primeiro estágio, finalizado em 1950, incluía a construção de arcos com colunas em torno do edifício original, coberta por uma balaustrada.
Construção da claraboia (esquerda) e telhas douradas sobre a cúpula (direita).
Após a finalização dos arcos com colunas, iniciou-se o trabalho de construção de um prisma octogonal central com janelas, coberta por uma segunda balaustrada com pináculos semelhantes à minaretes em cada aresta vertical. Em seguida, foi construída uma claraboia de 11 metros de altura em forma de tambor com dezoito janelas ogivais. A superestrutura foi coberta com um domo feito de telhas douradas, encabeçada por uma luminária e remate.
Santuário do Báb após a finalização de sua superestrutura.
A superestrutura do Santuário do Báb foi completada em setembro de 1953. Um mês depois, Shoghi Effendi escreveu: “Um constante aumento da multidão de visitantes, de longe e de perto, muitos dias chegando a mais de mil, está afluindo para os portões que conduzem ao Santuário desse majestoso mausoléu; prestando homenagem à Rainha do Carmelo, entronizada na montanha de Deus, coroada de ouro resplandecente, vestida em branco cintilante, encantando todo olhar desde o ar, do mar, planície e colina”.
Os terraços do Santuário do Báb foram oficialmente abertos em maio de 2001.
Hoje, dezoito terraços monumentais circundam o Santuário do Báb, desde a encosta até o cume do Monte Carmelo, nove acima e nove abaixo do Santuário. Os terraços foram inaugurados numa cerimônia realizada em maio de 2001.
Vista do Santuário do Báb.
Desde 2001, mais de dez milhões de pessoas visitaram os terraços ajardinados. Em 2008, o Santuário do Báb – juntamente com o Santuário de Bahá’u’lláh, próximo à ‘Akká – foi incluído na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO em reconhecimento ao seu “destacado valor universal” para a herança comum da humanidade.
Uma das entradas para o Santuário do Báb (à esquerda), detalhes da superestrutura do Santuário do Báb (à direita).
Detalhe da superestrutura do Santuário do Báb. O desenho é baseado na palavra “Bahá”.
O Santuário do Báb é rodeado por jardins de extraordinária beleza.
Detalhes do Santuário do Báb e seus ambientes circundantes.
À noite, lâmpadas ornamentais iluminam o Santuário do Báb e seus terraços.